Tiahuanaco (Tiwanaku), La Paz, Bolívia, com crianças

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Alerta de altitude!!!
Tiahuanaco (ou Tiwnaku) fica a 3850m acima do nível do mar!

Visitamos as ruínas de Tiahuanaco (ou Tiwanaku) em abril de 2017. É um Patrimônio Mundial da Unesco, cheio de coisas incríveis para serem vistas.

Entramos em contato com o Diego, da Ar-bol Tours, e ele arranjou toda a nossa viagem para nós. Pagamos 1050 BOB incluindo entrada, almoço, transporte e guia.

Marcamos às 8 na porta de casa, então saímos pouco antes das 8 e lá estava o Diego com a nossa guia, Angela. Ele nos apresentou e nos levou ao taxi (de 5 lugares). Foi super seguro, entramos em 8 pessoas – a Angela foi no porta-malas. Também recebemos duas sacolas com os sanduíches e as cocas.

Esse negócio do taxi é muito comum na Bolívia. Andamos em carros de 5 lugares todas as vezes. Simplesmente não tinha a opção de carro maior, e a gente achou mais seguro andar todo mundo junto do que pegar 2 taxis separados.

Fomos de taxi até a parada perto do cemitério, aonde fomos para a lotação. Entramos e esperamos, sério, 1 hora até ele decidir sair. Ficou lá, esperando mais gente entrar. Só decidiu sair quando o Angelo (o marido, não a guia) resolveu sair e ir perguntar.
A viagem até Tiahuanaco foi tranquila, demorou mais ou menos 1 hora. A van parou em todos os lugares possíveis pra pegar mais gente e deixar gente sair, mas eu dormi e não vi metade.

tiahuanaco tiwanaku bolivia

Esse é uma das únicas placas de informações do sítio arqueológico – em espanhol, claro

Quando chegou na frente do Museu Arqueológico de Tiahuanaco, saímos da van. A Angela foi comprar nossas entradas e a gente foi ao banheiro do museu. É gratuito e tem papel higiênico E sabão! Maravilha! Logo a Angela chegou com as nossas entradas e fomos pro sítio arqueológico.
A Angela contou um pouco da história do lugar, o centro do império Tiahuanaco. Quando foi abandonado, os Incas vieram e começaram a usar. Aí os espanhóis vieram e destruíram tudo. A gente ficou bem impressionado com a quantidade de detalhes nas informações que ela passou pra gente, e o inglês dela foi ótimo.

A primeira coisa que vimos foram as lhamas. Tinha 4 lhamas pastando por lá e foi a primeira vez que chegamos tão pertinho delas. São muito fofas, e não são fedidas. Aparentemente, elas precisam ser guardadas de noite porque tem raposas no local.

O primeiro lugar que vimos foi a pirâmide de Akapana. Só os andares mais baixos sobreviveram, mas ainda assim é impressionante. Foi nosso primeiro encontro com uma pirâmide! Pudemos subir e ver todo o local lá de cima. É incrível a perfeição e precisão de tudo. Tudo é dividiro em 7: 7 andares, 7 tijolos, e tudo combina e encaixa perfeitamente.
A Angela nos contou como a pirâmide provavelmente era em detalhes e deu pra imaginar como aquele lugar era – incrível. Infelizmente não está nem perto de ser como era.

akapana tiahuanaco tiwanaku bolivia

A pirâmide (ou o que sobrou dela) de Akapana

O templo subterrâneo foi um dos lugares que as crianças (os 3 mais novos) mais gostaram de explorar. É uma quadra retangular no chão, com rostos em volta de todo o lugar. Alguns rostos estão bem deteriorados, mas alguns estão bem intactos. A Angela nos mostrou o rosto de alienígena que trouxe as discussões sobre os ETs construindo o sítio. As crianças amaram.
No meio do templo, tem 3 estátuas com símbolos entalhados neles. Cada símbolo tem um sentido e a pose (uma mão no coração e a outra na barriga) diz ser a melhor posição para se entrar em contato com os deuses. Todas as estátuas estão na mesma pose.

Kalasasaya é outro templo aberto, mas acima do chão. Dizem que foi um observatório, e é aonde o Portão do Sol está. As paredes cercando esse lugar foram o que eu mais gostei de lá. Tão lindas! Infelizmente, quase tudo foi destruído e nada está no seu lugar original. Era aonde as pessoas faziam suas celebrações (como o solstício), e ainda é usado para isso pelos locais. Nesse templo, tem vários monolitos, mas não dá pra chegar muito perto deles porque as pessoas estavam gravando os próprios nomes neles.

 

llama tiahuanaco tiwanaku bolivia

Uma das lhamas do local – fofa!

Passamos por um lugar que foi um suposto cemitério e andamos por lá. Vimos coelhos selvagens e lagartos, mariposas pretas e várias espécies de plantas consideradas sagradas. A Angela foi, realmente, excelente, sabia tudo!

 

Na saída, tem 2 pedras com buracos neles. Eles eram usados como megafones. A Angela nos pediu pra nos afastar e ficou conversando com a gente enquanto a gente ia pra trás. Estava bem difícil ouvir o que ela gritava com o barulho das pessoas no local. Quando ela abaixou e falou pelo megafone de pedra, ficamos abismados. Era como se ela estivesse lá do nosso lado. Ouvimos a voz dela clara e perfeita! As crianças também tentaram, mas ficaram meio sem graça e só falaram um ‘oi’ rapidinho.

Esse passeio durou umas 2 horas.

Fomos almoçar os sanduíches do Diego, mas nem eu nem a Melissa gostamos, então só comemos as batatinhas que levamos de casa. O resto do grupo comeu bem. Enquanto estávamos comendo, alguns cachorros de rua vieram pedir comida e alguns deles morderam pedaços do sanduíche da Coral. Ela se divertiu dando comida pra eles disfarçadamente e, por sorte, a gente ainda tinha os sanduíches da Mel e o meu pra comerem.
A Coca em temperatura ambiente é uma coisa que não deu pra se acostumar.

 

tiahuanaco tiwanaku bolivia

Encontrou o alienigena? Esses rostos ficam nas paredes do templo subterrâneo

Ainda faltavam os 2 museus.
O primeiro, o museu arqueológico, tem vários artefatos encontrados no sítio, como vasos, roupas, ferramentas. Tinha até uma múmia e algumas comidas preservadas do jeito que se fazia naquela época (e ainda se faz, em alguns lugares).
O segundo museu, o Museo Litico Monumental, é aonde o monolito gigante está. Esse museu é cheio de pedras entalhadas, mostras de pedaços de tijolos de pedra com as partes conectoras – que eles esculpiam de um jeito que se encaixavam perfeita e seguramente. Muito incrível!

 

Não se pode tirar fotos dentro do museu, então não temos nenhuma.

Quando saímos, já eram 2 da tarde e hora de ir embora. Fomos pra lotação, sem nem passar pelo mercado de artesanato porque não cabe mais nada nas nossas malas, e esperamos. Esperamos por uns 20 minutos até decidirem sair e, por sorte, o motorista parou no templo Pumapumku.

pumapumku tiahuanaco tiwanaku bolivia

Pumapumku – foi rapidinho, mas foi incrvel!

Pumapumku é um pouco separado do sítio de Tiwanaku e é mais como um mostruário de peças, com tijolos, peças decoradas e várias outras coisinhas a mostra. Eu não me conformo em quão perfeitamente simétricos os desenhos são, e como eles conseguiam esculpir aquelas pedras enormes.

A gente só teve 15 minutos lá, mas foi o suficiente pra ver a maior parte. Vale a visita porque tem várias coisas bem diferentes e com mais detalhes do que o sítio principal.

Nossa viagem de volta pra casa foi parecida, com muitas paradas pra pegar e descer gente.

A Angela ficou comentando dos locais, da história, muita cultura. Ela nos deixou em casa e foi embora. Foi aniversário do João, e ele queria fazer esse passeio. Ele ficou feliz, então, missão cumprida.

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O portão do sol, meio quebrado, fora da localização original, faltando muitos detalhes. Mesmo assim, impressionante!

Dicas

– Contrate um guia. Eles não cobram caro e te dão uma ideia muito mais rica do lugar e das coisas que você vê. Sem eles, não dá pra saber muito porque não se tem muitas informações lá. A gente amou a Angela, o inglês dela era ótimo e ela foi uma fofa. Dá pra contratar um guia na hora, mas também dá pra marcar com antecedência. Não esqueça de deixar uma gorjeta se achar que o trabalho foi bem feito!
– A cidade é bem pequena e não tem muita coisa disponível mas, de acordo com a Angela, as estrelas ficam maravilhosas de lá. Considere passar uma noite por lá!
– É mais alto que La Paz (3,850 m acima do nível do mar), então se acostume com a altitude antes de ir ou você não vai conseguir aproveitar. São umas 2 horas andando em meio as ruínas.
– Os ônibus e vans param MUITO e não andam até estarem cheios. Não use se não tiver tempo sobrando.
– Tem um restaurantezinho lá. A gente devia ter comido lá, já que a comida boliviana é, geralmente, boa.
– As ruínas são, realmente, ruínas. Não é tudo maravilhoso e organizado como em Machu Picchu, nem adianta criar expectativas. Em alguns aspectos, é ainda mais impressionante. Eu ainda lembro e me impressiono com a perfeição dos detalhes.
– Leve água para o passeio e jogue seu lixo nos lixos.
– Use protetor solar e se leve blusas!
– O lugar fica bem cheio, então vá cedo ou mais para o final da tarde. A gente tinha uns 5 grupos grandes na mesma hora e era barulhento e difícil de tirar fotos.
– Não tem banheiro no sítio. Use o do museu antes de ir conhecer o lugar.
– Leve uma capa de chuva, já que o tempo é maluco.
– Fica perto do lago Titicaca, então fazer um passeio que cubra toda a área talvez seja uma melhor ideia.

kalasasaya tiahuanaco tiwanaku bolivia

Olha que coisa incrível é o templo de Kalasasaya! A entrada principal (essa) está fechada, mas dá pra subir pelas entradas laterais

No final das contas…

É um lugar incrível que merece ser visitado! A maior parte dele não está tão preservada como mereceria, mas ainda é riquíssimo em cultura, história e detalhes.
A gente provavelmente se sentiria melhor visitando com mais tempo, então da próxima, talvez passemos a noite por lá.
É bem triste que a gente nem imaginava que o local existia antes de chegar na Bolívia.

A Mel (13) odiou, ela não gosta de ruínas. O João (11~12) amou e ficou ouvindo atentamente a tudo o que a Angela falava. O Zé (9) não ligou muito. Ficou impressionado com algumas coisas mas, na maioria do tempo, ficou indiferente. A Coral (5) amou correr pelo lugar, ver os coelhos e as mariposas, mas não teve paciência pra ficar ouvindo as explicações da Angela.

Eu acredito que tenha sido um dia incrível, cheio de aprendizado!

tiahuanaco tiwanaku bolivia

Nessa foto, dá pra ver o templo subterrâneo e seus monolitos na frente, e Kalasasaya e o monolito Bennet ao fundo!

Você já ouviu falar desse lugar antes? Conte pra gente nos comentários!

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  1. […] tempo na Bolívia incluiu visitas ao incrível Salar de Uyuni e às ruínas de Tiahuanaco (Tiwanaku). Nosso tempo em La Paz foi quase todo passado na cama – não foi o melhor mês de […]

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