Os Piores Momentos do Nosso Primeiro Ano de Viagens
Falamos sobre os melhores momentos semana passada e hoje vou falar sobre os piores. Acontece, a vida é feita de um equilíbrio entre momentos bons e ruins, então não poderia esperar que só por estar viajando, tudo seria perfeito, né?
– a lista está em ordem cronológica –
1) O banheiro externo
Poderia não ter sido tão problemático se não estivesse tão frio e chovendo tanto. Precisa fazer xixi? Claro! Pega a jaqueta, capa de chuva, botas de chuva, touca e uma lanterna. Sério. Foi terrível. Por sorte, a gente não menstruou lá. Foi em Dunedin, NZ.
2) Ratos
Bom, isso não tinha como ser bom, né? Tudo bem que não eram ratos, eram camundongos. De qualquer jeito, foram tantos! A gente basicamente matou um camundongo por dia durante 2 semanas. Não é o meu jeito preferido de passar o tempo.
3) Casas problemáticas
Claro que aconteceu para os dois lados. Tivemos casas incríveis, tão maravilhosas que a gente nem queria ir embora, e tivemos casas em que a gente nem quis entrar. Quando isso acontece, e foram 2 vezes, a gente fala com o dono o mais rápido possível e decide nas primeiras horas se vai embora ou se fica. Algumas vezes, o problema só aparece depois – e em geral é sobre a internet. É ruim ter que reclamar dos ratos, mas quando a gente tem que reclamar da internet é pior. O/a dono/a quase sempre acha que a culpa é nossa (ou a gente usa muito ou eles acham que a gente quebrou o modem). Não tivemos mais problemas porque a gente aprendeu a negociar a internet antes de alugar a casa – e a perguntar sobre tudo para evitar problemas.
4) Fiasco no Gudetama Café
A gente ficou 20 minutos na fila só pra comer nesse café fofo, e a gente nem estava com fome. A Coral só pediu um chocolate quente. Assim que chegou, ela derrubou tudo nela mesma. Ela gritou, a gente gritou, a garçonete gritou e foi um horror. E justo em um dos únicos dias em que eu saí sem carregar nenhuma troca de roupas dela. O Angelo teve que sair pra comprar uma roupa pra ela e é claro que justamente nesse shopping não tinha nenhuma loja que vendia roupas de criança. Ele demorou 40 minutos pra voltar com a troca de roupas e eu demorei 1 hora pra acalmá-la. A barriga dela ficou um pouco vermelhinha na hora, mas quando chegamos em casa já não tinha mais nada. A gente nem encostou na comida.
5) Zumbis
Foi f*da. A gente não estava esperando zumbis tão reais, mas gente… Foi no Universal Studios Japão, era Halloween e eles basicamente arruinaram nossa noite. Sério. Tinha zumbi em todos os lugares. Foi divertido, mas não é pra crianças pequenas. Quando eles crescerem mais, a gente vai ter que tentar de novo. Deu uma raiva básica de ter que ir embora às 8 da noite porque as crianças estavam mortas de medo. E tiveram pesadelos por um mês.
6) Visitas ao hospital
A gente foi ao hospital várias vezes: por causa do braço quebrado do João; quando a Melissa fechou a porta do carro na própria mão e a gente achou que ela tinha quebrado o dedo; quando a dor no pescoço do Angelo não passou; quando o Angelo teve uma dor insuportável na perna; quando eu caí de cabeça e precisei de hospital. Sempre horrível, mas quando o hospital ouve que você vai pagar em dinheiro, tudo acontece rápido. Graças ao nosso seguro viagem.
7) A noite do pesadelo no Chile
Tem um post só sobre isso. Nem vou escrever nada aqui.
8) Altitude
A gente achou que a gente ia ficar mal por uns dias – no máximo, uma semana – e ia sair explorando La Paz como se não houvesse amanhã. O que aconteceu foi que a gente ficou as 4 semanas bem mal. Até nos últimos dias, uma caminhada de meia hora era o suficiente pra acabar com a gente. O engraçado é que não sentimos nada em Uyuni.
9) Taxis
A gente pegou uns taxis malucos pela viagem, mas nem foram eles, o pior. O pior foi o nosso último taxi na Bolivia (ah, tudo bem que foi uma semana DEPOIS do nosso aniversário, né?). A gente ligou na noite anterior e pediu um taxi pras 5:30 da manhã – tempo suficiente pra chegar 2 horas antes do nosso vôo no aeroporto. O taxi chegou, a gente colocou as malas no porta malas, entrou e saiu. La Paz é uma cidade em forma de tigela. A gente estava quase no meio, lá embaixo, e o aeroporto é lá em cima. O taxi precisava subir tudo. Foram duas vezes em que ele subiu até QUASE o topo e teve que voltar de ré. O Angelo até sugeriu descer do carro pra ver se subia, mas o taxista negou. Foi muito amedrontador, a gente achou que a gente ia morrer em uma batida ou não chegar ao aeroporto em tempo. Mas chegamos. Naquele taxi.
10) O sangue
Na única vez que a gente foi pra Valparaíso, Chile, a gente tinha acabado de sair do trem quando vimos um monte de gente falando rápido e agitados, mas eu não suspeitei de nada. Até o Angelo ouvir que alguém tinha levado um tiro. Sério, eu vi manchas vermelhas no chão e pensei que era o sorvete derretido – apesar de que teria que ser um sorvete gigantesco. Passei o resto do dia com medo.
10) O lado ruim de viajar com pouca coisa
A gente vê coisas que a gente quer muito sempre, mas quando as crianças pedem alguma coisa (mesmo que eles tenham dinheiro suficiente pra comprar sozinhos), a gente quase sempre precisa dizer que não. Não cabe. Eu sempre me sinto mal. E fica pior quando é alguma coisa que eles querem muito, ou que é muito importante pra eles. Por sorte, a gente quase sempre pode comprar e mandar pra nossa caixa postal ou deixar alguma coisa que eles carregam e levar o novo. Mas é difícil.
Esses foram os nossos piores momentos. Lembrando agora, alguns deles foram engraçados, e todos foram excelentes momentos de aprendizado. Qual foi o seu pior momento de viagens? Nos conte nos comentários!
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