Medos
6 meses se passaram desde que saímos de nossa casa em Auckland na Nova Zelândia e 1 mês desde que me tornei, em tempo integral, um nômade digital.
Ainda estou aprendendo como administrar tempo e negócios, como servir melhor meus clientes e os leitores do blog. Ao mesmo tempo, tentando trabalhar menos e passar mais tempo em família.
Com tudo isso, vêm os medos, que todos os dias tento melhorar: Acreditar em mim, quando começar ou parar, finanças, solidão e família.
Acreditar em mim
Sou muito nervoso e ansioso, tenho medo de errar e desperdiçar tempo.
No dia em que eu pedi demissão, eu tremia. Não foi a primeira vez que fiz isso, já mudei de trabalho inúmeras vezes, mas foi a primeira vez para uma nova vida. Será que tomamos a decisão certa? Será que deveríamos parar e repensar nossos planos?
Quando Começar ou Parar
É sempre bom ter novidades, elas trazem um ar de renovação. Novo trabalho, lugares, comida, brinquedos, roupas, tudo. Mas eu sou do tipo de pessoa que escolhe sempre o mesmo, tenho medo de mudanças. Porque mexer em time que está ganhando e trocar pelo incerto e desconhecido.
Começar um negócio/empresa na Nova Zelândia foi fácil, difícil foi arrumar clientes e criar confiança para entrar no mercado. Será que vai dar certo?
Viajar o mundo, trouxe as mesmas dúvidas. Para onde ir, quanto tempo ficar, para onde não ir. Será que gostaremos? Comida boa e lugar para ficar. Tudo isso acaba comigo e com meu humor.
Finanças
Creio ser um medo comum, e é provavelmente o mais difícil de enfrentar, dependendo do seu estilo de vida.
Antes de tornar-me um nômade digital, sempre planejei e almejei uma carreira, crescimento e tudo que vem no pacote. Quando colocamos a casa a venda e pedi demissão, as coisas ficaram sérias. Será que teríamos o suficiente? Quanto é suficiente? Quais opções que temos se tudo der errado? Quando parar or dar um tempo?
Solidão
Eu sou uma pessoa que gosta de falar, muito. Preciso estar perto de pessoas, ouvir e ser ouvido, perguntar como estou e como está, como foi o seu e o meu dia ou simplesmente sentar e tomar um café.
Família
Eles ficarão bem? Eles estarão felizes? Saudáveis, seguros? Sentirão solidão? Isso é o que mais me preocupa e se algo der errado com eles, provavelmente é tempo de rever tudo o que fizemos e decidir se vale a pena continuar.
Creio não ter um resposta ou solução para meus medos e acho que tem que ser dessa maneira, afinal, eles fazem o que eu sou hoje.
E você, tem alguma dica? Tem medos, quais?
Angelo achei a sua colocação muito pertinente. Achei corajoso e inovador a decisão que vocês tomaram. Acredito que vai dar tudo certo e se não der, sempre tem um outro recomeço. Que talvez não estivesse nos planos mas que pode trazer coisas boas.
Obrigado Meire. Sim, acredito o mesmo. Faremos tudo para ir conforme planejado, mas caso não tenhamos de parar, sabemos que aproveitamos e que podemos recomeçar de outra maneira em um futuro próximo!