Japão, 2008 e 2016!
Sou meio suspeito para falar do Japão, mas vamos lá!
Japão é um lugar engraçado, mágico, cativante, estranho e único. Cheio de surpresas a cada esquina.
Em 2008, chegamos pelo primeira vez, viemos para ficar alguns meses, acabamos ficando 2 anos. Arrumei trabalho, crianças na escola e tocamos a vida como locais.
O encanto foi imediato, me apaixonei pelo país, pela praticidade de viver, pelo funcionamento das coisas, pela comida, pela cultura e pelos amigos que fiz. É cheio de problemas, defeitos e está longe de ser um país ideal.
PRIMEIRA VEZ, 2008
Tudo novo, idioma, cultura, jeito de viver e trabalhar. Não é a primeira vez que chego em um novo lugar para trabalhar, muito menos em um novo país, antes do Japão foram Índia e Espanha (outro post, outro dia).
Um país onde falar Inglês não ajudou muito ou as vezes apenas bagunçou mais a cabeça. Quem falava é porque precisava.
Cansei de pedir comida e acabar voltando com mais coisas do que pedi.
Trabalha-se muito, algumas pessoas, todos os dias. Dias de trabalho têm hora de entrada e nunca de saída.
Escolas são públicas em sua maioria e com um sistema único de ensino.
Agradece-se por tudo, pela comida, pelo informação, pela vida, pelo dinheiro, pelo trabalho e por existir.
Tudo aqui têm regras, tudo. Para comer, para usar o transporte público ou privado, para usar a escada rolante, para apresentar-se, para estudar, para trabalhar. Honestamente, muitas das regras funcionam e tornam o país o que é hoje, incrível, educado e prático, mas muitas outras, difíceis de entender, deixam você triste e acorrentado no sistema e não é atoa que o país tem um índice altíssimo de suicídio.
Lugar onde o homem é simplesmente o provedor e a família tem que agradecer pelo trabalho e dinheiro que o homem provê. Onde ser mulher é estar sempre abaixo do homem e não ter opinião.
SEGUNDA VEZ, 2016
Como compôs Renato Russo: “Mudaram as estações, nada mudou, mas eu sei que alguma coisa aconteceu, tá tudo assim, tão diferente”.
Após 6 anos longe: o inglês é mais utilizado, trabalho e escola ainda continuam na mesma, seguindo regras, longas jornadas e pouco reconhecimento. Mas o mais incrível, foi pode ver os mais jovens em família, ver casais de mãos dadas, homens cuidando dos filhos, famílias brincando, uma prefeita mulher na maior cidade e um pouco, sim pouco, do machismo caindo.
Foi tudo muito diferente da primeira vez. Já conhecia o Idioma, cultura e jeito de viver. Tudo continua da mesma forma e jeito, mas com toques de mudanças. Podem parecer pequenas para alguns, mas muito grandes para eles e fico muito feliz por isso!
Não será minha última visita e espero que as próximas não demorem 6 anos a acontecer, e que cada vez mais acontecem mudanças, claro, sempre para melhor.
E você? Já visitou ou trabalhou no Japão? O que achou?
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