Ghibli Museum, Japão, com crianças

Bem vindo ao Museu Ghibli!
Visitamos o Museu Ghibli em setembro de 2016.
* atualizado em fevereiro de 2018 para incluir nossa segunda visita!
Se você não sabe o que o Estúdio Ghibli é, então pára tudo e vai assistir Meu Vizinho Totoro, Ponyo, O Serviço de Entregas da Kiki, Cemitério de Vagalumes e todos os outros. Sério.
Se você viu o filme e ama, como eu, você precisa conhecer o Museu Ghibli, em Tóquio. É só o museu mais lindo do mundo! Infelizmente, é pequeno e tem visitação controlada, então você precisa comprar seu ingresso antes de chegar lá, porque gente sem ingresso não entra e não dá para comprar na porta.
Se você quer comprar agora, clique aqui!
Comprar os ingressos para o Museu Ghibli – a primeira vez, em 2016
A gente tinha acabado de chegar no Japão, chegamos na noite anterior. Nem tínhamos descansado direito, mas já tínhamos uma missão: comprar os ingressos para o Museu Ghibli. Era começo de setembro, a gente estaria em Tóquio naquela semana e na última semana do mês. Eu não tinha nem aquecido meu treinamento em japonês, mas encontramos uma loja Lawson e fomos. Perguntei no balcão e um atendente veio me ajudar, mas adivinha? Não tinha mais ingresso disponível. O mês inteiro vendido. O. Mês. Inteiro.

Venda de ingressos do Totoro
Eu estava devastada. Ele me disse que os ingressos para outubro entrariam à venda na próxima semana e que eu deveria comprar logo de manhã na segunda-feira.
Não foi o melhor jeito de começar a viagem, sabe. Eu estava acabada, me sentia muito idiota por não ter comprado na NZ. Muito estúpida! Eu pensei que NZ$ 40 por adulto era muito caro, que eu deveria deixar para comprar no Japão, já que a gente pagaria JP¥ 1000 por adulto. Com os 40 dólares da NZ daria para pagar as entradas da família inteira.
Eu pesquisei por 2 meses e vi que sempre sobrava uma ou duas sessões livres no museu, daria tranquilamente para a gente chegar e comprar. E aí, não deu. E eu desesperei.
O Angelo encontrou uma exposição da Ghibli em Roppongi e a gente meio que aceitou o destino. No terceiro dia de Japão, eu estava procurando os ingressos para a exposição e vi 2 vagas livres no Museu Ghibli. Tentei por horas comprar online, mas toda hora dava erro, então o Angelo precisou ir comprar na Lawson (sozinho, era meia noite). Ele demorou, mas conseguiu. Eu nunca fiquei tão feliz de ter uns pedaços de papel na mão. Era a última sessão de um dia na nossa última semana no Japão.

O lado de fora do museu e as placas de direção são lindas, também
Para comprar os ingressos do Museu Ghibli em 2018 – e dicas
É o seguinte. No dia 10 de cada mês, eles começam a vender os ingressos para o mês seguinte. Por exemplo, no dia 10 de janeiro eles começam a vender os ingressos para fevereiro.
Se voc quer ir em fevereiro, precisa comprar seus ingressos entre o dia 10 de janeiro até o seu dia desejado.
SEMPRE ANTES, NÃO DÁ PARA COMPRAR O INGRESSO NO LOCAL!
Eles acabam, de vez em quando, então é bom comprar com uma certa antecedência em alguma loja de conveniência Lawson.
Dessa vez, a gente era bem mais experientes e, quando chegamos no Japão em dezembro, compramos nossas entradas para janeiro, quando estaríamos em Tóquio.
A gente visitou uma loja Lawson e compramos nas máquinas Loppi. É quase toda em japonês, mas não é difícil e dependendo do atendente, ele pode ajudar.
Se quiser evitar todo o estresse, clique aqui para comprar o seu ingresso!
Eles atualizaram o site e agora têm um passo a passo de como comprar os ingressos nas máquinas Loppi, que economizaria uns 40 minutos da noite do Angelo.

Não é o ônibus mais lindo do mundo?
De Tóquio ao Museu Ghibli
A gente acordou cedo no dia, já pilhados. Saímos de casa à 1 da tarde, e nosso ingresso dizia que a gente só poderia entrar às 16:00. Nossa ideia era chegar cedo, passar algum tempo no café e ficar o máximo possível no museu. Comemos ramen no caminho para a estação de trem e fomos.
Chegamos na estação de Mitaka às 2:20 da tarde. A gente não sabia se iria para o museu andando ou de ônibus, então decidimos ver os horários do ônibus e, se a espera fosse curta, pegaríamos o ônibus. Senão, andaríamos.
Demoramos um tempão procurando o ponto, e a gente devia estar bem perdido porque um cara ofereceu ajuda e nos mostrou aonde era. Quando chegamos no ponto, o ônibus estava chegando e mal tivemos tempo para comprar os tíquetes. Os tíquetes vendidos na máquina são ida-e-volta, então se quiser só ida, pague direto para o motorista.
Agora deixe-me falar sobre o ônibus: ele era amarelo e tinha os personagens desenhados. Tinha até um Makkuro Kurosuke (não sei como eles se chamam no Brasil) dentro do ônibus (desenhado).
O motorista foi gentil e esperou até a gente terminar de comprar nossas passagens. O ônibus tinha uma tela mostrando as próximas paradas. Era um ônibus normal, mas mais fofo. Eu só acho que ele devia ter sido pintado como um Neko-bus (ônibus-gato, do Meu vizinho Totoro). 😛

A parte interna do ônibus e o Makkuro Kurosuke solitário no fundo.
É uma linha circular, então a gente pega o mesmo ônibus, no mesmo ponto, para ir e para voltar.
Uma parada no parque Mitaka
Quando chegamos no museu, tinha gente no ponto de ônibus organizando a fila da volta e encaminhando os que chegavam para o museu. O museu fica bem do lado do Parque Mitaka, então é rodeado de árvores, uma coisa bonita! Chegamos lá pouco antes das 3 e nos disseram que a gente só podia entrar às 4, mesmo, e que o café ficaria aberto até às 7, para todos aproveitarem. A moça super simpática também disse que a gente deveria voltar umas 3:40 porque eles geralmente abrem um pouco antes. Então, primeiro, fomos comprar de brincadeira uns ingressos do Totoro. Tão, tão lindo! Foi muito legal.
Já que a gente tinha 40 minutos, decidimos ver o parque. Tinha tanto, mas tanto pernilongo que nós ficamos todos cheios de bolotas de coceira. Horrível. Mas apesar dos demônios voadores, a Coral se divertiu no parquinho enquanto as 3 crianças maiores ficaram conversando no banco. Era verão, afinal das contas.
*em 2018 era inverno, pulamos o parque porque estava todo coberto de neve e gelo. Pareceu tão escorregadio que fiquei com medão e decidimos ir embora direto.

As escadarias do Museu também eram lindas
A primeira visita ao Museu Ghibli com crianças!
Às 3:30 resolvemos voltar e já tinha fila. Esperamos pacientemente por 5 minutos quando fomos encaminhados para o balcão aonde entregamos nossos ingressos e recebemos um ingresso lindo de tira de filme. a Coral foi até chamada de Kiki por causa da roupa (e nenhum de nós tinha reparado até então).
Depois de ficarmos maravilhados com os ingressos mais fofos do mundo, entramos no museu e ficamos boquiabertos.
Tudo tão perfeito, tão lindo, tão incrível!
(e a gente não tem fotos do interior do museu porque fotos não são permitidas)

As crianças explorando o robô de pertinho
A primeira sala, logo depois da entrada, é a sala mais mágica de todo o museu, com todos os ‘truques’ usados para fazer os desenhos. É muito legal, cheio de coisas incríveis e inacreditáveis. Eu nem consigo explicar ou descrever, só o que posso dizer é que a gente passou muito tempo lá, e só aquela sala vale o ingresso.
Mas como eu sou eu, vou tentar explicar a coisa que eu mais amei nessa sala, que era uma mesa rotatória redonda, com vários personagens do filme Totoro em uma cena em que a Mei está pulando corda. Então tinha a Mei no chão, depois ela saindo do chão, um pouco mais alto, e mais alto, um pouco mais baixo, até voltar ao chão, dar o impulso para pular de novo. Enquanto a Mei pulava corda, Totoro pulava em cima de um cogumelo, um morcego voava, os Totorozinhos passeavam e tal. A mágica acontecia quando essa mesa começava a rodar: tudo parecia um filme, mesmo, a gente via os personagens em movimento. Tão incrível!
* tente deixar para visitar essa sala depois porque é a primeira sala depois da entrada, então fica bem cheia – todo mundo vai pra lá primeiro. Dê uma horinha e depois vá visitar a sala mágica, que estará bem mais vazia!
A loja Mamma Aiuto
A loja também é muito fofa, mas estava tão cheia que ficava difícil ver alguma coisa. Se a gente parava, logo era empurrado. Foi triste. Mas compramos cartões postais e uma caixa de biscoito, que estavam bem gostosos. A gente até mandou nossa latinha de biscoitos para a NZ, de tão linda que era. Espero que chegue (UPDATE: CHEGOU!!!). Tudo era lindo, mas muito caro. A Mel queria o colar do Laputa, mas ele custava mais de JP¥ 20 000 (uns US$ 200) e ela desistiu. Eu também queria um colar do Jiji e uma carteira, mas não encontrei. Foi bem difícil escolher os cartões, eu queria comprar todos!

Até na placa do ponto de ônibus, minha gente, até lá….
A sala de artes
A Mel amou o quarto que imitava a sala dos artistas que fazem os filmes, cheias de livros, canetas, lápis, aquarela e todas as coisas artísticas, fora as pinturas e desenhos maravilhosos nas paredes. A gente poderia ter passado todo o nosso tempo lá sem perceber. As crianças acharam difícil imaginar uma pessoa fazendo uns desenhos e pinturas lindos daqueles para nada.
Tinha também aqueles livros com os quadrinhos de como seriam os filmes, feitos a mão, incrivelmente detalhados e tão lindos que eu queria para mim. Eram muitos livros, com muitas páginas, para cada filme. Incrível.
Exposições temporárias
Verão de 2016
Uma coisa que todos nós amamos muito foi o Neko-bus (ônibus-gato) tamanho real, todo de pelúcia. A gente podia entrar e sentar, foi um sonho!
A réplica do castelo do Howl era linda, tinha até as roupinhas penduradas pelas janelas, o banheiro dava para ser visto de fora, tudo perfeito!
Segunda visita, no inverno de 2018
Não tinha mais o neko-bus, o que foi meio triste, mas a exposição sobre as comidas dos desenhos estava dando fome, além de muito legal! Mostrava detalhes de como fazer uma cena de comida (loucura), réplicas de comidas famosas nos desenhos, muitos rascunhos, e algumas traduções para o inglês – que foi bem legal.
Dá pra imaginar que eles fazem milhares de desenhos das bolhas do óleo fritando ovo e bacon – cada um com bolhas diferentes em lugares diferentes, para fazer uma cena de 15 segundos? Muito trabalho para bolhinhas. Sério.

Perto do restaurante, Coral se encantou com as luzes
Outras coisas no Museu
Tinha até uma biblioteca (e livraria), cheia de livros lindos!
Na verdade, até os banheiros eram lindos.
Tinha tanta coisa, e tudo tão perfeito, que eu tenho certeza que estou esquecendo de um monte de coisas. Você pode ver as áreas pelo site oficial.
Neko-bus pra crianças
O parquinho de crianças não foi testado, porque a Coral ficou com medo das outras crianças e o João e o Zé ficaram com vergonha de entrar lá no meio das criançinhas de 3 anos. Mas era lindo, eu queria brincar lá, sério. Uma pena que eles não me deixaram.
Tem uma área aonde crianças de até 12 anos podem brincar por 5 minutos – com um neko-bus do tamanho de uma cama, vários Black Suits, e muitas criancinhas. Coral foi dessa vez e pôde entrar, brincar dentro do gato, subir no teto, sair pelas janelas, etc. Muita fofura pra um lugar só, sinceramente.
As outras crianças não quiseram ir, bobinhos.

A bomba de água manual de lá, funcionando!
O cinema do Museu Ghibli
No andar debaixo, tinha um mini cinema lindo e todo mundo pode ver um curta com o ingresso de tira de filme. Da primeira vez que a gente foi, o filme era o Yadosagashi (à procura de abrigo), e foi muito engraçado. Os filmes mudam todo mês, mas eu tenho certeza de que todos valem a pena.
Da segunda vez que fomos, foi o Mizu-Gumo Mon Mon, que é a história do primeiro amor de uma aranha d’água. Fofa, muito fofa, mas o primeiro filme que vimos lá foi melhor.
A parte de fora, aonde se pode tirar fotos
Minha parte favorita foi lá fora. As escadas que te levam até o robô gigante de Laputa eram lindas, mas aquele gigante perfeito ganhou meu coração. Ele já era meu personagem favorito, junto com o Totoro, e ver a peça ‘real’ foi mágico. As crianças amaram, se divertiram muito descobrindo os pequenos detalhes do robô. Foi demais, mesmo. O melhor é que o sótão, aonde o robô fica, é alto, rodeado de plantas e ainda com aquele gigante, a gente se sentiu em Laputa.
O chão com as tábuas de madeira é fofo também. Parece que as tábuas foram pregadas com um grampeador gigante, um trabalho que parece ter sido feito pelos caras do filme Laputa.
O restaurante do museu, Mugiwara Boushi

Dentro do restaurante, tudo fofo!
Nossa última parada foi o café Mugiwara Boushi (Chapéu de Palha) Café, o Café dentro do museu. Tinha uma fila imensa, a gente esperou por uns 20 minutos (sentados em cadeirinhas) pela nossa mesa. Como o restaurante estava para fechar, recebemos os menus e fizemos nosso pedido lá na fila mesmo. O café é lindo, com vários chapéus na entrada, uma lareira, cadeira de balanço e tudo para dar o clima de casa de campo. Os pratos tinham desenhos dos personagens Ghibli e a maioria das comidas vinha com uma bandeirinha Ghibli. A comida estava maravilhosa, e olha que a gente só experimentou a sobremesa.
A gente sabe que a comida estava boa porque todo mundo em volta estava falando sobre isso. Mas, se você não quer ficar na fila, tem uma barraquinha de cachorro quente, sorvete e outras coisinhas do lado de fora. Sem ar condicionado.
* evite o horário de almoço. Tentamos ir comer às 2 da tarde e a fila de espera estava de 90 minutos!!! Tivemos que desistir, o que foi triste, mas… é a vida.
Para terminar…
Valeu tudo: o trabalho, o choro, o dinheiro e o estresse. Amamos tudo (tirando a regra de não tirar fotos) do começo ao fim. Foi uma das melhores coisas que a gente fez no Japão.

Quando estávamos indo embora, o gigante estava iluminado
Os ingressos vêm com uma janela de tempo em que você pode visitar o museu. Você precisa entrar nos primeiros 30 minutos, o que quer dizer que se o seu ingresso diz que vale das 14:00 às 16:00, você precisa entrar até às 14:30. Eu não sei se eles são flexíveis ou não, mas os japoneses são muito pontuais, então eu nem tentaria. E eu não recomendo que você compre seu ingresso fora ou dentro do Japão, só recomendo que você compre como achar melhor, porque nem eu sei o que faria se fosse de novo.
* nós chegamos meia hora atrasados na nossa segunda visita. O museu estava bem cheio e foi tranquilo, pudemos entrar. Acho que, em dias cheios, eles deixam entrar até uns 40, 50 minutos depois, mas como não tem como saber se vai estar cheio ou não, melhor não arriscar. A gente chegou atrasado porque pegou trem errado.
Não tem tempo limite. Apesar de falar que você tem duas horas, ninguém vai te tirar dali, então pode chegar as 10 da manhã e ficar até a hora de fechar. Duas horas é pouco tempo!
Clique aqui e compre já o seu ingresso para não ter perigo de perder esse museu maravilhoso!
Aonde fica o seu museu favorito? Conte nos comentários!

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Acabei de conhecer o Museu Ghibl, fantástico!
Acabei de conhecer através desse post, claro… rsrsr