8 meses de viagem – como foi possível

Estamos viajando há 8 meses com as crianças, enquanto continuamos trabalhando e mantendo a educação deles. Clique para ler mais

Um pin pronto para facilitar a vida!

Se alguém me dissesse 2 anos atrás que a gente estaria viajando pelo mundo agora, eu riria. Nunca nem tinha considerado essa opção. Mesmo com o Angelo trabalhando de casa e as crianças estudando de casa. Eu nunca nem tinha pensado nisso. E toda vez que a gente viajava, saía tão, mas tão caro que a gente mal conseguia pagar.

 

 

igreja do bomfim

Igreja do Bomfim, Salvador, Bahia, uma das nossas últimas viagens

E aí que, semana passada, escrevendo a newsletter, percebi que a gente está na estrada há 8 meses agora! Como eu esqueci de uma coisa dessas? Tinha planos e mais planos sobre nossos 6 primeiros meses na estrada, mas esse post não existe porque eu esqueci.

Na verdade, a vida acontece. Ainda mais durante viagens, as coisas ficam complicadas, bagunçadas e difíceis de lembrar no meio de passeios turísticos, fusos horários, aviões, ônibus, trens e línguas diferentes. Até algumas visitas ao hospital a gente teve.

É um marco, a gente já viajou por mais de meio ano E ainda não quebramos o banco. Não é demais?

Agora vou dizer como a gente tem economizado dinheiro até agora:

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Em Todai-ji, nos preparando para ver o grande Buddha

 

A primeira coisa que a gente parou de fazer foi marcar hotéis. São caros e a gente acaba tendo que comer fora em todas as refeições. Começamos a alugar casas de férias, como Airbnb (se você clicar nesse link e alugar a casa pra suas próximas férias, você ganha um desconto e a gente também!). Quase sempre são casas com cozinha, máquina de lavar, internet e privacidade. Não é tão legal deixar o quarto de manhã e voltar pra um quarto lindo e limpo na volta, mas é o que dá pra hoje.

Cozinhar é ótimo, porque a gente só fica entre 1 e 2 semanas em cada casa, então a gente só pode comprar poucos ingredientes e precisamos usar a criatividade. Ainda mais quando não encontramos os ingredientes aos quais estávamos acostumados.

Mas ainda comemos fora, uma ou duas vezes por semana.

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Praia de Totaranui, em Golden Bay, NZ

A segunda coisa que a gente fez foi escolher as atividades direito. Eu sei que a Disney é muito legal, mas é extremamente cara e dá pra fazer tanta coisa com esse dinheiro… Então a gente escolhe. Se a gente quer a Disney, a gente precisa escolher o que vai deixar de lado. No Japão, por exemplo, a gente escolheu a Disney Sea e deixou Disney Land e Sky Tree de fora. No Brasil, pulamos a Amazônia e ficamos em volta de SP, por enquanto. Têm muitos lugares que a gente não viu por limitação de tempo e/ou dinheiro. E tudo bem, porque aprender a priorizar é uma coisa excelente.

meads wall, nz

Escalando para ver a Meads Wall (parte do cenário do filme ‘O Senhor dos Anéis’, na Nova Zelândia

 

Em terceiro lugar, pesquisar muito bem. Transporte público é barato para quem viaja sozinho ou tem família pequena, porque para famílias grandes quase nunca é a opção mais barata. Uma casa fora do centro pode ser mais barata, mas se for necessário pegar trem ou ônibus sempre que for sair, acaba dando mais caro. Ficar em um trailer é barato, mas quando se soma combustível, seguro, e todas as outras pequenas taxas, acaba dando mais caro. Se for uma estação chuvosa, ter o banheiro do lado de fora da casa talvez não seja uma opção muito boa. E assim vai. Não é fácil, mas ler o que as avaliações é uma das melhores fontes de conhecimento.

Por último, a gente aprendeu a pedir descontos. A gente não consegue um toda vez, mas ajudou a gente a fazer coisas que a gente não poderia, como o Whale Watch, Te Puia, Escape, etc. A gente não costuma chegar no lugar e pedir desconto, mas a gente sempre manda e-mail ou liga antes. Vale a tentativa! Em guias locais também, quase sempre, têm cupons de desconto.

Mas como a gente paga por isso?

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João aprendendo a atirar shuriken (estrelas ninja) no Japão

 

O Angelo continua trabalhando. Ele trabalha quase todos os dias, com os clientes antigos. Teve um mês de ‘férias’ no Japão, mas já está de volta ao batente. É a nossa fonte de renda. Eu sei que a gente não conseguiria economizar dinheiro o suficiente para um ou 2 anos sabáticos com as 4 crianças.

Não é muito fácil trabalhar viajando, porque ele precisa estar atendo ao fuso horário, fazer acordos com os clientes sobre quando ele vai estar disponível em cada dia, programar nossos passeios para os horários livres e tudo o mais.

É preciso ter muito foco e vontade, e ainda bem que ele consegue manejar tudo muito bem.

O resto de nós só tenta não atrapalhar enquanto ele trabalha.

E a educação das crianças…

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Na Vila Ninja de Iga-Ueno, no Japão

A gente acredita que as crianças aprendem naturalmente. A gente está educando em casa há um bom tempo (4 anos, já) e eu acho que fazemos um trabalho bom. Na NZ, eles aprenderam sobre natureza, pássaros nativos, evolução, vida selvagem só por estar em contato com isso. No Japão, os meninos aprenderam a ler em japonês (apesar de não conseguir interpretar) só de olhar as placas, livros, filmes e lojas. Eles também aprenderam algumas regras da etiqueta japonesa que não faziam ideia. No Brasil, estão lendo quadrinhos brasileiros o tempo todo e estão aumentando o vocabulário e a qualidade da escrita.

Viajar é uma excelente maneira de criar oportunidades de aprendizado, melhor do que só ler ou só ouvir sobre os assuntos. Foi ótimo ver um gêiser ativo e uma vila Maori, estar em um castelo japonês, ver e jogar uma estrela ninja.

Eles também estão aprendendo bastante de geografia e história de todos os lugares. A gente ainda lê para eles, conta fatos, instiga a curiosidade deles, compra livros, olha mapas, divide com eles tudo o que a gente consegue, assiste filmes, ouve música, desenha, pinta, constrói, anda, corre, brinca, nada. A gente cozinha, limpa, lava a roupa, costura e, sempre, tentamos deixá-los envolvidos.

Eles ainda precisam fazer alguns trabalhos de ‘escola’, e eles fazem.

hobbiton, nz

Em Hobbiton, na NZ – amamos!

Foram 8 meses incríveis!

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